Hoje é o último dia do ano. Frequentemente, uma mistura de sentimentos —incluso contraditórios— sussurram nos nossos corações nesta data. É como se uma amostra dos diferentes momentos vividos, e dos que gostaríamos de ter vivido, se tornassem presentes na nossa memória.
«A palavra era Deus (…). Tudo foi feito por meio dela».
No momento de fazer o balanço do ano, devemos ter presente que cada dia vivido é um dom recebido. Por isso, seja qual for o aproveitamento realizado, hoje devemos agradecer cada minuto do ano.
Mas o dom da vida não é completo. Estamos necessitados, hoje de uma palavra-chave: “Acolher”.
«E a Palavra se fez carne».
Acolher o próprio Deus! Deus, feito homem, fica ao nosso alcance. “Acolher” significa abrir-Lhe as nossas portas, deixar que entre nas nossas vidas, nos nossos projetos, nos actos que enchem as nossas jornadas.
Até que ponto acolhemos a Deus e lhe permitimos que entre em nós?
«Esta era a luz verdadeira, que veio ao mundo e a todos ilumina».
Acolher a Jesus quer dizer deixar-se guiar por Ele. Deixar que os seus critérios dêem luz tanto aos nossos pensamentos mais íntimos como á nossa actuação social e de trabalho. Que as nossas acções se relacionem com as Suas!
«A vida era a luz».
Mas a fé é algo mais que uns critérios. É a nossa vida enxertada na Vida. Não é apenas esforço —que também—. É, sobretudo, Dom e Graça. Vida recebida no seio da Igreja, sobretudo mediante os sacramentos. Que lugar têm eles na minha vida cristã?
«A quantos, porém, que a acolheram, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus».
Todo um projecto apaixonante para o ano que vamos estrear! Um Santo Ano Novo